2.1 Introdução a sistemas de controle de versão
O quê são, para que servem e quais são suas principais funcionalidades.
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Você consegue se lembrar — ou imaginar — como era pedir para alguém revisar um documento antes do surgimento de ferramentas como Google Docs ou Microsoft Word Online?
A colaboração em documentos muitas vezes exigia o envio de versões por e-mail ou compartilhamento físico de arquivos em dispositivos de armazenamento, como pen drives. Isso tornava o processo lento, sujeito a confusões com múltiplas versões e erros de sincronização.
E se fosse preciso voltar a uma versão anterior? Era necessário abrir cada arquivo antigo, um por um, até encontrar o certo.
Escrever em grupo também era um desafio. Uma estratégia comum era cada pessoa usar uma cor diferente para identificar suas contribuições. Os arquivos iam e voltavam, acumulando edições e, muitas vezes, problemas. Um pouco rudimentar, não acha?
Ferramentas colaborativas como Google Docs surgiram para resolver esses problemas. Elas permitem escrever, revisar e acompanhar alterações em tempo real, com várias pessoas ao mesmo tempo.
Além disso, mantêm um histórico completo de versões, mostrando quem alterou o quê e quando, e permitindo reverter mudanças com facilidade.
Curiosamente, os mesmos desafios enfrentados na escrita de documentos também aconteciam no desenvolvimento de software antes dos sistemas de controle de versão.
Sistemas de controle de versão (Version Control Systems — VCS) são ferramentas que acompanham todas as alterações feitas em um conjunto de arquivos ao longo do tempo. Embora possam ser usados para diversos tipos de arquivos, seu uso mais comum é no desenvolvimento de software.
Eles permitem que várias pessoas trabalhem simultaneamente no mesmo projeto, facilitando a colaboração, o rastreamento de mudanças, a identificação de erros e a reversão de alterações quando necessário.
Esses sistemas são fundamentais para o trabalho em equipe, pois ajudam a manter a integridade do código, evitam conflitos e aumentam a produtividade no desenvolvimento.
As principais funcionalidades oferecidas por sistemas de controle de versão incluem:
Reversão de alterações: Permite voltar para versões anteriores do código, útil para desfazer alterações problemáticas.
Colaboração: Facilita o trabalho em equipe, permitindo que vários pessoas contribuam para o mesmo projeto simultaneamente de maneira organizada.
Auditoria e rastreamento de alterações: Registrar quem fez o quê, quando e por quê.
Ramificação e mesclagem: Permite criar “cópias” do projeto para testar novas ideias ou corrigir problemas sem afetar o código principal, podendo depois mesclar tudo novamente. Posteriormente, as ramificações podem ser mescladas de volta ao código principal.
Existem dois tipos principais de sistemas de controle de versão: os centralizados e os distribuídos.
Os sistemas centralizados foram os primeiros a surgir e marcaram o início do uso colaborativo no controle de versões. Já os distribuídos vieram depois, como uma evolução dos centralizados, trazendo mais flexibilidade e autonomia para o trabalho em equipe.
Nas próximas seções, vamos entender como cada tipo de sistema de controle de versão funciona e quais as principais diferenças entre eles.